terça-feira, 10 de agosto de 2010

madrugada

Sabe, ando constatando o quão imbecil pode ser a nossa - tá bom, a minha - existência. É madrugada de um sábado e eu escolhi não inserir-me na noite boêmia da cidade. Escolhi enclausurar-me em meu quarto e - idealizei - nas palavras de algum bom livro. Restringi-me ao quarto. E à Internet. Cara, que perda de tempo é a Internet, ou melhor: que perda de tempo é a forma com a qual a estou utilizando essa noite.
Você começa a se questionar sobre a utilidade dessa madrugada ociosa e, não sabe o quão estúpido está sendo ao perder horas e horas na frente de uma tela que projeta uma realidade pouco sensual (sensual no sentido de... sentidos! Sim, visão e olfato estão super bem alimentados mas, e o resto?). Não sabe o quão idiota está sendo de estar falando sozinho da forma que está - juro, essa solidão em que me encontro provavelmente levaria muitos seres a extremos como esse (o problema não é falar sozinho...  Mas eu estou de fato parecendo meio deveras panaca pela forma com a qual estou a falar comigo mesmo). Não sabe o quão avoadamente estúpido foi ao deixar o vinho - já que você pensava que seria poético ficar bebendo vinho, sozinho, lendo poesias e ouvindo música - cair no teclado do seu computador.

(Oh só, as aleatoriedades começam a ser fazer presentes e você nem percebe)

Você, sozinho assim, contemplando a si mesmo na miséria de seus próprios pensamentos, não sabe o quão ingênuo é sempre esperar o Amor sem ao menos saber o que de fato ele é (opa! Olha a minha decadência me levando às vísceras clichês). E, na profunda superficialidade disso tudo, você não sabe nem o quão humano é toda essa bagunça


(um minuto de silêncio).

Mentira. Se tens algo que sabe, é da decadente e contemporânea humanidade disso tudo.

Um comentário:

  1. sempre me pego debatendo nessa realidade falsa... isso tudo exala um sentimento sozinho, mesmo.

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