quinta-feira, 11 de novembro de 2010

lost

... que me inunde o coração de vertigem toda vez que me ocorrer à mente o teu olhar.
Pois meu peito arde quando os sentidos teimam em te resgatar
E meus pulmões não se aguentem de tanto fôlego
roubado, perdido
retido.



E que me aperte e me abrace.
E que seja forte.
Que me rasge uma peça de roupa qualquer,
que me arranque um botão,
se assim quiser,
Basta que queira.
Que a voracidade desse seu querer transpareça nas mãos;
pois estas que me segurarão pela cintura
e me apertarão os seios;
e que deixarão rastros de calor pelo corpo inteiro;
comprimindo-me contra si na tentativa de ser um só.
Que os olhares furtivos consigam traduzir com sutilieza tudo aquilo que o resto do corpo faz força para não ser ameno. Mas que mesmo sutis, os olhares, ardam.
E que fios dos meus cabelos se confundam em tua língua, pois faz parte. Para então, na tentativa de os retirar da boca,
 se confudam lábios meus com teus e com línguas, os dedos.
Que minha respiração se dilua em teu-nosso suor
enquanto todo o resto que já nem se confunde, nem se dilui, nem se mistura,
pois já se perdeu.
Pois já me perdi.
olhos fechados e tudo mais
E que, por fim, ainda me sinta inteira
mesmo que perdidademente
perdida
em ti;
Mesmo que inteiramente
contendo
você.

2 comentários:

  1. Nossa Manu. sério, vc me impressiona.
    arrasou, falou e deixou bem claro.
    texto reto, direto, sincero e muito bom.
    maravilhoso, serio.
    to boba.

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