sábado, 6 de novembro de 2010

uma brincadeira com as lembranças dos os sentidos dúbios, dos (duplos) sentidos das palavras e dos duplos (sentidos) sorrisos

Não fazia sentido.
Nada fazia sentido!
Eram luzes e sons
Longe das luzes cegantes das cidades
eram as estrelas do céu.
Longe do caos entorpecente das cidades
eram as estrelas 
que dançavam
e as pessoas
que riam
e dançavam
e oscilavam num fluxo constante delas mesmas,
dentro e fora de si mesmas...
Pessoas que se olhavam e se riam
e se beijavam
embriagadas
ou não.
Poucas delas sabiam, porém,
que aquele espetáculo era feito para aqueles
e somente aqueles
que viam além.
Que por detrás de toda uma estrutura,
e que estrutura!,
tinham muito mais cores e muito mais luzes que se podiam ver
aqueles
que viam aquém.
Bom, como ia dizendo
não fazia sentido
mas meus sentidos sentiam
eu amava, 
e ria!

Não fazia sentido.
Nada fazia sentido!
Mas nós ríamos mesmo assim;
Ríamos do fato de procurarmos sentido e,
ainda mais!,
ríamos de nós mesmos
rindo
sem saber o motivo.

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