quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

De lápis

Quando, com lápis, escrevemos e marcamos passagens e  trechos tais quais julgamos belos ou memorávies ou terríveis, geniais, não sei, sei que os critérios para tal prática são inúmeros assim como a quantidade de vezes que a fazemos. Quantas vezes não pegaste um livro emprestado e lá constavam, dentre as páginas e linhas, notas manuscritas, trechos sublinhados e evidenciados? Pois é. Penso então, o seguinte parágrafo:

Quando, com lápis, escrevemos a marcamos passagens belas ou memoráveis desses tantos ou poucos ou oportunos livros que nos correm aos olhos e à mente, à paciência ou ao coração... com lápis, pois é reversível: borracha. Como que em tais notas não coubesse ou encaixasse o tom eterno das esferográficas. De lápis para eternizar alguma sensação ou senso de importância diante dalguma linha notável ou digna de nota ou... De lápis para ainda assim remeter à característica reversível dos grafites, mesmo que uma borracha jamais tocará livro algum. Mesmo que, ainda digno de desaparecimento, aquele grafite jamais desgrudará do papel, Reversibilidade intacta pelo tom eterno da beleza e gratuidade do momento em que tais notas foram concebidas e linhas, sublinhadas. Inutilmente, de lápis. 

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