quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

niente, de nuevo, rimas baratas, palávras fáceis, é isso

Doce,
de tanto olhar o mar por essas janelas desse quarto de hotel que pouco me agrada andei pensando e acho que a complexidade e a plenitude do sentimento que compartilhamos habita uma linha tão tênue, mas tão tênue, que beira o limiar do amor convencional com o real. Nos amamos, ao meu ver, tão complexa e simplesmente, que tal sentimento parece impraticável por nós. Sinto muito a dor do esclarecimento, e meus olhos ardem ofuscados pela luz, mas meu coração repousa.. Oh, doce, procuro e pouco encontro como te dizer... Eu sempre encontro uma maneira de te agredir, de testar a nossa cumplicidade,
pois eu não compreendia
o tamanho
do que sentia
e testava
só pra ver se encontrava
a borda tua
confundida na minha
por onde transbordava
o meu amor.
Amor menino,
doce, desamor

E pode dizer isso tudo no teu presente,
Doce Meu, pois eu coloquei no passado
só pra ficar mais bonito assim rimado,
nosso amor que já morreu


minto



Coloquei no passado só pra ver se você entende de vez
que, na verdade,
juntei a poesia com a utilidade
de dizer que já passou
pois não me apetece mais a rima, amor
essa canção não mais merece
a rima que um dia ofereci com tanto ardor

Um comentário:

  1. Manu, quanta poesia aqui!
    Outro dia eu vi um filme chamado "Cashback" e pensei já ter visto este nome em algum lugar..
    mas agora que eu vi, é "cashitback" aeiuheaiuaeh
    tem alguma relação?
    enfim, tá tudo bem né, manú?
    beijão.

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