segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Acabei me tornando o que não queria. Acabei me desencontrando daquilo que me fazia mais poesia e menos prosa. Fiquei, numa busca frustrante, tentando encontrar a parte de mim carregada daquela boa e velha percepção artística apurada. Meus versos sempre nasceram de amores perdidos, apertados, de pessoas que foram pra longe... Da vida que pareceu-me amarga. Meu eu-lírico gosta de solidão... venho tentando procurá-lo e não o encontro. Acho que a completude de ter-te ao meu lado deve ter o escondido em algum lugar. Percebo, enfim, que os momentos em que me sinto só são os que me arrancam as mais belas e grandiosas palavras. Hoje, porém, amo. Sorrio mais do que sinto dor e, assim, escapa-me menos poesia e mais sentimento. A emoção sobrepõe-se a qualquer outra coisa, e eu, por demais fascinada, perco meus olhares entre o mundo e meu amor.

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